“Já que vão tirar
essa, queria que colocassem outra no lugar. Há oito anos, cortaram
outra árvore nessa calçada e até hoje não repuseram”, lamenta o
gerente do estacionamento Alfa Ville, Marcos Roberto Moreira, na
Avenida Herval, Centro de Maringá.
Quando chegou no trabalho no início dessa semana, ele teve uma surpresa desagradável. A sibipiruna em frente ao estacionamento estava marcada com um X feito com motosserra. Dois anos atrás, Moreira conta que a prefeitura tinha declarado a árvore como condenada, mas, na época, ele conseguiu adiar o corte. Como se comemorasse os anos a mais de vida, ele lembra que após a suspensão, a árvore ficou mais vistosa do que antes. Agora, a reclamação do gerente não é quanto a retirada. Ele teme que a árvore não seja reposta por uma nova.
Para chamar a atenção das autoridades e conscientizar os transeuntes, Moreira fez três cartazes e colou-os na árvore com os dizeres: ”ao menos plantem outra em meu lugar” e “estou marcada para morrer”. Ele acredita que os moradores precisam observar mais o quanto a falta de uma dessas plantas pode fazer para a cidade que, não por acaso, também é conhecida como verde. “Cortar uma árvore é muito simples, mas eu só vejo retirada e não colocam outra. E olha que sombra maravilhosa aqui embaixo. Sem ela e todas as outras que estão cortando em Maringá a cidade vai acabar como Londrina, com quadras inteiras sem uma sombra”.
Condenada.
Texto: Poliana Lisboa/O Diário do Norte do Paraná
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