A professora de
História Vivian Madeira Farias, 26 anos, perdeu os movimentos das
pernas 48 horas depois de tomar a vacina contra a Gripe A. A dose foi
aplicada em um posto de saúde no município de Rio Verde (GO) em
2010. Doze horas após a imunização, ela sentiu fraqueza nas
pernas. Dois dias depois, estava paraplégica. Hoje, luta na Justiça
para ser indenizada pelo governo.
Na época, Vivian saiu
de Mandaguari (a 37 quilômetros de Maringá) para morar em Goiás.
Ela dava aulas para o curso de Turismo no campus de Niquelândia da
Universidade Estadual. Viajou para a casa do pai, em Rio Verde, onde
passaria o feriado de Páscoa - no dia de início da
campanha para os jovens entre 20 e 29 anos - tomou a vacina. Passou
uma semana internada em Niquelândia e recebeu alta. A família, que
mora em Mandaguari, conseguiu transferi-la para o Hospital das
Clínicas, em São Paulo, onde permaneceu por dez dias, mas a equipe
médica alegou que a paralisia era psicológica.
Vivian tem mielite, uma doença neurológica provocada por inflamação da medula, e não poderia ter tomado a vacina contra a Gripe A. Segundo a mãe, Virgínia Madeira, ninguém avisou a filha sobre a restrição. “Ela não deveria tomar, mas ninguém falou nada. Só se dizia na época que únicos que não deveriam ser vacinados eram os alérgicos a ovo”, destaca.
A família move ação por danos morais e materiais contra a União pelo fato de o governo não ter alertado sobre os riscos que a população corria ao tomar a vacina. Em fevereiro do ano passado, o Ministério da Saúde divulgou um documento com a lista de reações adversas à vacina, entre elas a mielite.
Texto: Carla Guedes/O Diário do Norte do Paraná
Nenhum comentário:
Postar um comentário