segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vacina deixa jovem paraplégica



A professora de História Vivian Madeira Farias, 26 anos, perdeu os movimentos das pernas 48 horas depois de tomar a vacina contra a Gripe A. A dose foi aplicada em um posto de saúde no município de Rio Verde (GO) em 2010. Doze horas após a imunização, ela sentiu fraqueza nas pernas. Dois dias depois, estava paraplégica. Hoje, luta na Justiça para ser indenizada pelo governo.

Na época, Vivian saiu de Mandaguari (a 37 quilômetros de Maringá) para morar em Goiás. Ela dava aulas para o curso de Turismo no campus de Niquelândia da Universidade Estadual. Viajou para a casa do pai, em Rio Verde, onde passaria o feriado de Páscoa - no dia de início da campanha para os jovens entre 20 e 29 anos - tomou a vacina. Passou uma semana internada em Niquelândia e recebeu alta. A família, que mora em Mandaguari, conseguiu transferi-la para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde permaneceu por dez dias, mas a equipe médica alegou que a paralisia era psicológica.

Vivian tem mielite, uma doença neurológica provocada por inflamação da medula, e não poderia ter tomado a vacina contra a Gripe A. Segundo a mãe, Virgínia Madeira, ninguém avisou a filha sobre a restrição. “Ela não deveria tomar, mas ninguém falou nada. Só se dizia na época que únicos que não deveriam ser vacinados eram os alérgicos a ovo”, destaca.

A família move ação por danos morais e materiais contra a União pelo fato de o governo não ter alertado sobre os riscos que a população corria ao tomar a vacina. Em fevereiro do ano passado, o Ministério da Saúde divulgou um documento com a lista de reações adversas à vacina, entre elas a mielite. 

Texto: Carla Guedes/O Diário do Norte do Paraná







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